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E finalmente, o grande dia chega!

Finalizando minha série de posts falando sobre o parto cesárea, vou contar sobre o tão sonhado dia: o nascimento da minha princesa!

Quero lembrar que não queria e nem pensava em cesárea, mas ela foi necessária e eu sei que tudo está no controle de Deus. (Sim...vou falar de Deus neste blog, ok?). Sendo assim, depois de saber que teria que fazer a cesárea um mês antes, me acalmei e aproveitei meus dois últimos dias de barrigão.

É claro...nestes dois dias, chorei muito de emoção, medo, gratidão, enfim...um turbilhão de sentimentos permearam minha mente e meu coração. Para ajudar, estava ajudando meu marido a fazer o TCC dele, que teria que ser entregue na semana seguinte. Pois bem...tive que adiantar o serviço às pressas, então passei literalmenteno dia inteiro em frente ao computador.

Isto me ajudou a não pensar tanto (foi possível?!) no dia seguinte. Ele chegou do serviço mais tarde, pois também teve que adiantar algumas coisas por lá. Ainda tivemos que levar nossa cachorra para casa da minha mãe, para ela não ficar sozinha (aliás, teremos muitos posts sobre ela).

Resumindo? Fomos dormir a uma hora da manhã, para acordar as quatro, já que tinha que estar no hospital as seis e meia.

E assim...capotamos na cama!

No outro dia, fomos até a casa do nosso casal de amigos que nos levariam ao hospital, para que não precisássemos ir de carro e pagar horrores de estacionamento.

Chegamos lá, naquele sonho de hospital. Tudo lindo, calmo, arrumado...realmente, parece um hotel.

Algumas mães poderão agora me xingar por comparar uma maternidade a um hotel, mas desculpem. Eu creio que todos os hospitais e principalmente, maternidades, deveriam ser assim: organizados, calmos, aconchegantes.

Pois bem. Segui para a sala de internação, e depois fui tomar o tal remédio contra o Streptococo B. Depois, subi ao quarto e fiquei lá, de boa, assistindo TV, mexendo na net (claro), e esperando a tão sonhada hora.

Às 13h30, uma enfermeira veio e pediu para que eu colocasse o avental. Ali, naquele momento, minha ficha caiu!

Tremi na base. Confesso que o coração disparou. Pensava eu: Caraca...a Carol vai sair daqui de dentro...será verdade? Um sonho? Como isto é possível?

Tantas coisas vieram à cabeça naquele momento...fiquei com medo da anestesia, de ficar sem mexer a perna, de ter alguma complicação, de acontecer alguma coisa com ela, dela ter que ficar internada, aff..muuuitas coisas. A gravidez inteira passa pela cabeça neste momento. Bom, em meio a estes pensamentos, coloquei o avental e deitei na maca.

Cheguei à sala de cirurgia às 13h45. Assim que cheguei, conheci o anestesista. Que homem maravilhoso. Explicou o que ele faria, o que aconteceria comigo, que eu não ia sentir quase nada, enfim. Foi me tranquilizando.

Pessoas...primeiro pitaco..para a anestesia, relaxe. Novamente: re-la-xe. Quamto mais dura você ficar, mais vai contrair o corpo e dificyltar a aplicação. Na hora da anestesia, você deve literalmente jogar o corpo pra frente e não se mexer. Quer uma dica? Concentre-se na sua respiração, que deverá fazer o menor movimento possível. Se você fizer isto, ele vai acertar o lugar na primeira e você não vai sentir praticamente nada.

Não é exagero. Pra vocês terem uma ideia, achei que a picada tivesse sido uma marquinha de caneta ou algo do tipo para que depois viesse a aplicação. Tanto que quando perguntei pra ele se ele ia aplicar naquele momento, ele disse:

"Querida, já foi e..."

Neste momento, seu corpo fica mole e eles já te ajudam a deitar. Pois em menos de um minuto, já não se sente as pernas.

A partir daí, 14h mais ou menos, foi super rápido. Meu marido entrou na sala, sentou ao meu lado, e eu já senti que minha GO estava me cortando. Calma aí..sentindo?

Sim...eu sentia ela mexendo em minha barriga, mas óbvio que não sentia dor...acalmem-se!

Então fiquei lá...olhando meu marido, ouvindo os médicos e claro, orando, achando que ia demorar pra cortar as tais sete camadas...

E de repente, escuto um chorinho delicado! As lágrimas vieram na hora. Não parava de chorar e agradecer. Quando vi aquela menininha perfeita, toda melecada grudada no meu rosto, senti a melhor sensação da minha vida...alívio, gratidão, graça, amor,...tudo junto e misturado. Perfeito!

Falar o que senti ao lado do meu marido não tem explicação. Perceber que naquele momento, tínhamos conseguido o que tanto sonhávamos, foi maravilhoso!

Neste momento, o bebê é apresentado aos familiares, por meio de um vidro. E ver minha mãe ali, vendo que a sua cria estava dando cria...é maravilhoso também.

Bem...então eles a levaram para limpar e identificar. Meu marido acompanhou. Quando voltaram, meu marido disse que ela poderis descer para o quarto, não ficaria na UTI. Glória a Deus. Ela nasceu com 2,260g e 44 cm.

No próximo post, meus pitacos e considerações finais sobre o parto cesárea. Até lá!


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