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A história por trás do Parto Cesárea - Parte 1

Confesso que, passados quatro meses de um parto maravilhosamente tranquilo e uma recuperação perfeita, sinto falta do que não tive: um parto normal.

Isto porque, desde sei lá quando, sonhava com este momento. Um pouco pelas tantas cenas de partos que assisti em filmes e novelas e mais um tanto pela experiência da minha mãe. Ela teve três filhos de parto normal.

E este sonho durou até o sexto mês de gestação, quando, de um dia para o outro, a cesárea passou de algo impensável, para única opção.

Este é um tema para muitos posts, pois, além de querer explicar cada detalhe do que aconteceu comigo, preciso dar uns pitacos sobre o que tenho visto em tantos blogs, grupos e sites sobre o assunto, principalmente agora que está em cartaz por todo o Brasil o filme "O Renascimento do Parto".

Portanto, vou dividir o assunto em vários posts, ok? Este primeiro, sobre a escolha do médico.

Minha gravidez foi planejada e esperada cerca de dois anos. Portanto, paguei um plano de saúde assim que tive condições e parei de tomar remédio. Este fato, claro, me deu a opção de escolher uma ginecologista obstreta. Por recomendação de uma amiga de uma amiga minha, escolhi a minha querida doutora X.

A escolha, além de ter sido indicação da amiga da minha amiga, também foi feita pelo seguinte: a doutora fazia o parto na maternidade que eu queria ganhar minha filha.

Mas eu, em minha pouca experiência, esqueci de um detalhe: escolher a médica pelo tipo de parto que queria ter.

Não que minha médica não faça parto normal. Mas eles são um em uma centena. Isto pude constatar nas tantas consultas que tive com ela, e que conheci tantas grávidas enquanto esperava minha vez.

E o que eu já desconfiava, acabou sendo confirmado em minha última consulta com ela, há uma semana: ela não está interessada em defender o parto normal.

Portanto, aí vai meu primeiro pitaco: se você sonha com um parto normal, escolha um médico que acredite, defenda e o faça. Só assim, na hora da verdade, você não ficará insegura e não desistirá, como eu acabei fazendo.

Um segundo pitaco é sobre a maternidade. Muitas vezes você terá que decidir entre ficar mais perto de sua casa, e garantir um parto normal, ou escolher a maternidade dos sonhos e marcar a cesárea.

Embora o trabalho de parto do primeiro filho demore horas, permitindo que você chegue ao hospital que escolheu, isto influencia muito, pois, quando eu lembrava que da minha casa até o hospital, eu teria que percorrer mais de 50 quilômetros, no trânsito caótico de São Paulo, confesso, tremia na base.

A Carol nasceu com 35 semanas, porque meu líquido amniótico começou a baixar e, mesmo com repouso e tomando muuuuita água, não voltou a subir, ficando no limite inferior. Neste caso, não dava pra arriscar, né?

Mas se não tivesse acontecido isto, ela teria nascido com 37 semanas, e tudo por conta de um exame chamado "streptococus", que vou contar no post a seguir. Não perca!





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