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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Registro

Que fique registrado que a Carol disse que vai dormir comigo até os 18 anos. Preciso fazer o documento e registrar em cartório. 

Quando eu ficar adulto...

Depois da vacina, que contei no texto anterior, fomos dar uma volta pelo bairro, para te distrair. Ao chegar no carro, seguiu um diálogo muito especial, meu amorzinho: _Mãe, eu não quero ser adulto.  _Ô, meu amor, por quê? _Mãe, mesmo quando eu for adulto, você vai me amar? Pausa para engolir o choro (da mãe) _Claro meu amor. Eu vou te amar pra sempre. Mas e você, vai me amar mesmo quando você for adulto? _Vou, mãe.  Esta ficou registrada aqui, mas principalmente,  no meu coração. 

Sobre a plena confiança em alguém

Hoje fomos ao posto de saúde porque eu esqueci de levar você, Gui, para tomar o reforço de uma vacina. Fiquei tão preocupada com as vacinas de campanha, que acabei esquecendo a que estava no calendário. Graças a Deus...deu tudo certo.  Na hora de tomar, você se comportou de maneira tão linda, que fiquei surpresa. Na verdade, vocês nunca deram show para isto. Sempre converso antes, não escondo, tento acalmá-los. Mas em hipótese alguma vou mentir ou enganá-los. E hoje, para tomar uma das últimas deste ciclo, foi a mesma coisa.  Peguei você no colo e disse que você tomaria duas vacinas. Que iria sentir uma picadinha de formiga, que poderia doer  mas que eu estava ali com você, para te abraçar. A enfermeira, já acostumada com esperneios, mandou que eu segurasse a perna entrelaçando com a minha, que agarrasse seu braço...meu Deus...tanta força que eu me recusei a fazer  visto que você estava totalmente entregue aos meus cuidados e meu amor. Mesmo ali, sabendo que doeria, ...

Sobre aulas de violão, academia e filhosá

Carol e Gui: Nunca me arrependi de ter saído de uma escola para me dedicar a vocês. Na época, só tínhamos a Carol, mas você já fazia parte dos nossos sonhos, Gui. De lá pra cá, já reclamei de ficar apertada em algumas situações bem específicas. Mas nada que tenha me feito querer arranjar outro emprego.  No tempo em que trabalhei o dia inteiro (chegava às 16h), não vi lucro algum. Pirei. Surtei e nunca mais pensei em trabalhar de novo desta forma. Veio a possibilidade, e pelo cargo, eu tentei. Mas graças a Deus, não passei. No fundo, não era o que eu queria.  No entanto, confesso que de vez em quando, ao ver as pessoas ao meu redor estudando, fazendo academia, terminando o Mestrado, fazendo aula de violão, indo às sessões de estética, fico pensando: _Poxa...eu não faço nada. Trabalho meio período e ainda não consigo fazer nada disto. O pessoal trabalha o dia inteiro e ainda tem tempo para aprender violão?! Fico.me sentindo um zero à esquerda.  Daí, lembro o motivo pelo qua...

Fui linguaruda...

Aí, deitei abraçando o Gui e a Carol fala: _Mãe, eu acho que você gosta mais do Gui, porque você sempre deita virado para ele.  _Minha linda, que absurdo. Eu deito virada para ele porque ele dorme primeiro e aí eu viro para você é fico um tempão conversando com você. Além disto, você gosta de colocar o pé entre a minha perna dobrada. Se eu virar, não dá pra fazer isto. Poxa... _Vixe, mãe...é verdade. Desculpa. Acho que eu fui linguaruda agora. 

Aparece o coração

Quase todos os dias, falo para eles que precisam dormir sozinhos. Mas sinceramente, não estou disposta a fazer uma guerra para que isto aconteça. Já tentei, mas eles choram e eu desisto. Sei que um dia, eles não vão querer dormir comigo. Então, não piro muito...eu disse "muito".  Ontem a noite, falei novamente sobre isto, mas deitei com eles e os abracei. Segue a conversa, iniciada pelo Gui e concluída pela Carol.  _Isto, mãe. Me abraça assim porque aí eu sinto um monte de coração seu.  _É mãe, quando você deita com a gente, a gente sente muito, muito amor. 

O corte de cabelo

O Elias não gosta de cabelo curto. Quando eu corto, é um saco...pois ele fica de cara feia, mesmo sem querer demonstrar. Com a Carol então...nem se fala.  A última vez que a Carol cortou foi o ano passado. Cresceu super bem, mas ela já estava super incomodada. Só andava com ele amarrado. Eu sei como é. Então, pediu para cortar o cabelo.  Confesso que eu também fiquei com o coração na mão porque o cabelo dela realmente é lindo, com cachinhos dourados na ponta. Mas eu entendo que tem uma hora que enche a paciência. Aproveitei que ele ia cortar o cabelo dele é do Gui e marquei para a Carol.  Carol percebeu que o pai não estava feliz com a história, por isto, subiu meia insegura.  Dias antes, quando começamos a falar que a Carol iria cortar, ele brincava que ela não seria mais filha dele...ou que ela não entraria mais em casa. Mas sempre levamos de boa a brincadeira. Porém hoje  senti que ela estava um pouco insegura, sem desistir, no entanto.  Depois que a Car...

TBT

Mãe, eu sou uma figurinha. Eu te agradeço. _Por que? _Porque você me construiu.

TBT

Elias briga com o Gui porque ele colocou um monte de tic-tac na boca. Gui olha pra trás e fala: _E assim que faia com seu fiio? _É assim, sim. Vou falar com o chinelo. _Vai me bater de chineio? _Não. Só vou guardar ele na sua poupança.  _Mas tem que guaidai o chineio na sapateia.

Eu sei ler sua mente, mãe

Não consigo ler "A Árvore Generosa", de Shel Silverstein e não chorar. Hoje foi assim novamente.  Lá pelas tantas, tento me segurar ao máximo, mas a voz embargada, faz a Carol se aproximar, meio assustada, meio perplexa. Afinal, por quê eu estaria chorando ao ler este livro? Consigo terminar e falo que amo esta história, ao que a Carol responde, e começamos o diálogo: _Eu não gosto.  _Sério, Carol??? _Quer dizer, eu gosto, mas não gosto quando você chora.  _Mas eu não estou chorando de tristeza, mas de felicidade, assim como quando assisto um filme, amor.  Guilherme, que estava entretido, brincando de gato com a Alice, minha sobrinha, vem atrás de mim e fala: _Mãe, porque seu nariz tá vermelho?  Carol responde: _É por que ela tá emocionada, Gui.  Sim, meu amor. Estou emocionada. Você já me conhece mesmo, hein.  _Sim, mãe. Eu sei ler sua mente.