Hoje conheci uma pessoa linda. Chegou às sete da manhã com um sorriso lindo no rosto e já se apresentando. Adoro gente assim.
Falamos um pouco de nossas carreiras, e em pouco tempo, lá estávamos nós conversando sobre algo tão pessoal: ter ou não ter filhos.
Ela, enfaticamente disse não ter e nunca ter desejado isto. Tanto que sua condição para casar foi o pretendente fazer vasectomia. Ele aceitou. Ela casou.
A conversa vai render um outro texto, sobre o "mundo não estar bom para se ter filhos". Mas neste aqui, só quero registrar o meu mais profundo respeito a esta mulher, que é forte o suficiente para dizer não à pressão da sociedade.
Sim, porque é um saco ter que aguentar a opinião alheia. Se somos casadas, precisamos de filho. Se temos um, precisamos de dois. Se temos dois, e um casal ainda por cima, parece loucura querer o terceiro. E por aí vai. A sociedade nunca está satisfeita.
Em certo momento, esta mulher disse que era covarde demais para ser mãe, pois imagina o tamanho da dedicação que é.
Em poucas horas de convivência, conheci uma mulher de coragem. Ali encontrei tamanho respeito à maternidade. Mais respeito que em muita mãe por aí.
Respeito a decisão daquela mulher. E ali, naquele olhar doce, que refletia a paz de sua decisão, eu só pude concluir: se ela assim quisesse, seria uma maravilhosa mãe. Mas como este não é seu chamado, decidiu ser uma pessoa maravilhosa. E isto, lhe basta.