E hoje, percebi que Carolina não é mais meu bebê.
De uns tempos pra cá, meu coração já estava dizendo isto, mas hoje, conversando com a professora da Escola dela, ouvindo sobre tudo o que ela fala, sobre como expõem sua opinião, tem vontade própria, bate o pé quando não quer algo, caiu a ficha:
_Ela já é uma pessoinha!
Claro que desde que nasceu é gente. Mas de uns tempos pra cá, ela tem mostrado sua personalidade. E claro que isto vai gerar atrito, principalmente se ela for parecida com a mãe.
O jeito como outro dia, brigou com o anfitrião da casa porque este havia pego o lápis da mão de outra menina, e gritou que "o lápis era dela".
A forma ciumenta como tem lidado com a prima caçula, que precisa ter mais atenção da avó que ela.
A maneira alegre e espontânea que tem quando está fazendo algo que gosta.
Mas o principal: a maneira como "bufa" e olha pra cima quando está insatisfeita com algo...me fizeram chorar na frente da professora. Carol já é uma pessoinha. E em muitas coisas, uma pessoinha como a mãe.
Até hoje aprendo sobre a dor e a delícia de ser quem sou. E agora tenho uma menina diferentemente-igual a mim, ou seria "igualmente-diferente"? Não sei. O tempo dirá.
A questão é: eu amo esta tortinha de limão e o seu irmão como nunca amei ninguém.
Minha doce e azeda Carolina, amo ver você crescendo...